Mas sempre são rosas...

Mas sempre são rosas...

Bem vindo ao blog...

se você está aqui é porque gostamos de ler, e você assim como eu, curte blogs. Se gostou deixe um comentário, críticas construtivas também serão bem vindas! A ideia é fazer da leitura um momento agradável. Colabore.



sábado, 28 de maio de 2011

Então... “Follow the White Rabbit”

Sempre comentei com amigos a respeito do blog, toda vez que leio os blogs alheios, me vem idéias legais pra o meu. 
Aí encontrei o blog de uma amiga, e comecei a ler. Entre um post dramático e outro, como não poderia deixar de ser.  Acabei achando alguns com a minha cara. 
Alguém lutando pra se reerguer, lutando pra esquecer, querendo acordar, querendo coisas que não sabe o que; e eu pensei: Estou entrando no mundo de Alice." É tarde, é tarde, tão tarde até que arde, ai ai meu deus, alô, adeus, é tarde, é tarde, é tarde." Essa era a fala do coelho branco.
E Alice cansada de ler, resolveu participar da história, porque ficar sonhando e não realizar é chato pacas. 
Mas ela escolhe correr atrás do coelho e acaba vivendo uma aventura não muito boa. Já que o dito cujo é empregado da rainha louca, e ela corta a cabeça dos indesejados. 
Poderia ter corrido atrás do príncipe ou continuar colada no seu gatinho, mas não, Alice foi atrás do coelho branco. Encontra o chapeleiro maluco, flores que tomam chá, e rosas brancas que são pintadas de vermelho. Mas não encontra o que realmente buscava. Aliás não sabemos realmente o que ela queria, e muitas vezes não sabemos também o que nós queremos. 
Coelhos brancos, são lindos, inteligentes, uns fofos, mas eles também mordem, e deixam marcas. 
É tarde...
Na vida, muitas vezes estamos correndo atrás de coisas que não são para nós, achamos que elas nos trarão felicidade... São como o Mestre Gato, com o seu sorriso misterioso, que no final acabou enganando a pobre Alice. É tão difícil saber separar o certo do errado, o sonho da realidade, o vinho da água... 
Seguir o coelho branco é para quem é forte. Ele nos leva para o desconhecido, e se você não quer se aventurar, tem que ficar  longe dele. 
Agora se você acha que não vai se machucar ou não tem medo da dor. Tem sempre um esperando você, se jogue! Um dia acabamos aprendendo a lidar com nossos sentimentos. Mas não sem antes sofrer um bocado. 


Não se iluda, ele morde...



quinta-feira, 26 de maio de 2011

A resposta...

Beco sem saída, quarto escuro, solidão  brotando de vários cantos.
Procurava uma resposta, mas não a encontrava em canto algum.
Alguns diziam que a resposta estava na igreja, eu  estive lá e não encontrei,
 vi gente mandando e desmandando. Dizendo conhecer todas as respostas. 
Mas o que eu queria eu não achei.
Ahh, no Himalaia você encontra!- tenho certeza.
Lá fui eu, viajei dias e dias, subi na mais alta montanha e também não achei.
Disseram que talvez no meio do oceano... E eu atravessei altas ondas, a embarcação quase virou, fui jogada de um canto pra outro, mas  não encontrei a resposta. 
Me mandaram pra terra dos pinguins, lá só encontrei frio, neve, solidão e nada mais. 
Um dia sem procurar nada, eu encontrei você. Uma chuva caía forte e eu estava no meio dela.
Raios e trovões enchiam a minha vida. 
E você me trouxe a resposta! Me fiz a pergunta tantas vezes, e você que nem me conhecia, veio de tão longe trazendo-a consigo. 
- O que falta para eu ser feliz?
E do alto de um pedestal quase inacessível  eu ouvi a resposta que tanto busquei... 

- Eu. 
E agora com a resposta na minha mente, já sabendo o que preciso pra ser feliz, caminho para um penhasco, sabendo que sem você eu não vivo e com você não posso viver também. 
De que adiantou tantos anos vivendo para descobrir a resposta, se quando eu a descobri, percebi que seria inútil, a resposta não me servia de nada. Você não me pertenceria. 



quarta-feira, 25 de maio de 2011

Meu divã particular... (capítulo final)

Claro que todo mundo que lê meu blog percebeu que eu estava plagiando a série global "Divã" com a perfeita e talentosa Lilian Cabral. Narrei alguns fatos ocorridos na minha vida e na vida de alguns amigos, sempre tentando tirar algo de proveitoso.
Todos os seres viventes, os mais errados possíveis, sempre tem algo pra ensinar, e nós temos sempre algo de bom pra tirar das lições alheias.
Acho que fiz umas 7 ou 8 postagens, e na maioria eu escrevia e chorava, as emoções são muito fortes, porque são reais, ali eu coloquei um pouco de mim e dos meus amigos.
Bom, eu nunca pedi pra publicar história de ninguém, mas também não recebi nenhuma reclamação.
É que tenho reparado que histórias de amor e dor, de pessoas que se encontraram na internet são todas muito parecidas... Quando vem é uma força só, e do nada esfria... Acontece um "grude" que parece eterno, a pessoa fica totalmente à mercê da sua tela e do seu teclado, não tem tempo para outras coisas, nem para outras pessoas, as reais...
Então lógico que ninguém veio correndo me pedir "direitos" "créditos", eu estava falando sobre mim, sobre você, sobre nós todas...
Quem não sofreu por amor, né? Aquela dor de ter sido deixada de lado, aquela falta de sentir a pessoa perto, de sentir o abraço mesmo distante, do bom dia, do boa noite...
"... dos nossos planos é que tenho mais saudade... " já dizia o poeta.
Então eu resolvi dar férias ao Doutor Sérgio, ele me ajudou bastante! Aqui nessas conversas com ele, minhas idéias clarearam, acabei descobrindo o que eu já tinha certeza  mas como sou de carne e osso, não queria aceitar.
Um dia nos encontramos porque assim como marionetes, alguém nos dirige, uma força poderosa nos conduz, nosso destino estava traçado,  em algum lugar estava escrito que nossos caminhos se cruzariam, uma linha invisível me ligava a você. Mas estava escrito também que não ficaríamos juntas, então se tinha um porque esse nosso encontro, isso já ficou marcado no tempo e no espaço, já cumprimos nosso dever... Outros caminhos serão seguidos por mim, por você, por nós. 
A marca não se apagará, o corpo, o coração e a mente não consegue esquecer... 
Que o tempo não separe!
As pessoas que também deitaram no divã, eu espero que encontrem suas respostas e suas verdades, que a história pessoal de cada uma seja cumprida. 
Que Deus não a deixe só em nenhum momento. 



Meus amores...




My Stick Family from WiddlyTinks.com

terça-feira, 24 de maio de 2011

Vendo as pedras que choram sozinhas no mesmo lugar...

Agora a tarde eu recebi a notícia que uma senhora que mora aqui pertinho da minha casa, faleceu ontem a noite. Um infarto fulminante, nem deu tempo de chegar no hospital. Lembrando que meu bairro não tem hospital, o único está fechado para obras, depois de um incêndio. O próximo hospital, se você for de  carro chega em meia hora, mais ou menos. Ah ela nunca teve carro. 
Ela teve um companheiro, se é que podemos chamar aquilo de companheirismo. Três filhos que não deram orgulho em nada. O mais novo morreu aos 17 anos, assassinado, foi tirado dos braços dela. 
Depois disso ela se acabou, era uma morta viva. Varria a rua quase toda, catava tudo que era reciclável pra fazer um dinheirinho. E os vizinhos sempre agradavam a pobre com um sanduíche, um café...
E aquele ser, tão magricela, pele e osso, sorriso desdentado, quase sem cabelo, estava sempre ali, esperando... Esperando... O que será que ela esperava? Acho que não esperava nada da vida, só o café cedinho, o almoço e a janta. O que será que leva uma pessoa a viver assim? Tão entregue a coisa nenhuma... 
Será que ela teve escolha, e acabou optando pelo caminho errado? Eu não acho que ela teve. 
Ela era tão pequena, tão sem força... Tão sem nada... 
Fiquei pensando nela; amanhã quando eu sair pra caminhar, a pedra que tem na frente do seu portão, onde ela sentava, estará vazia. O meu percurso será o mesmo, tenho que pagar umas contas, passar no mercado, voltar pra casa. E ela, não estará lá no cantinho dela, esperando. Mas esperando o que? Eu me pergunto... 
Acho que ela esperava a morte. Porque já tinha morrido em vida, e pra ela nada mais restava. E ela veio, porque chegou a hora. 
Dá um medo né? A gente não sabe a hora que vai. Agora tem um exame que diz se você tem muito tempo de vida ou não. Mas eu não sou doida de querer fazer. Imagina se o médico diz que eu tenho pouco tempo. Acho que nesse caso ele até diminuiria. Porque a dor de saber, já me roubaria alguns anos. 
Então amado leitor, essa é para você que deixa tudo pra depois, que fica pensando se vai dar certo ou não, e não arrisca. Pra você que fica sentada na pedra esperando não sei o que... 
Vamos levantar e arriscar? 


Esse post é pra você, Neuza. 





domingo, 22 de maio de 2011

Não queria admitir, mas você veio, foi tão impactante, que me partiu em pedaços. 
Catei todos e tentei colar sabendo de antemão que colagens não ficam perfeitas. 
Eu ficaria com cicatrizes profundas. 
Mas colei, e mesmo tendo me despedaçado, tu não me deixou em paz, em um só momento.
Não foi culpa sua. Foi minha. Me perdoa por não ter te esquecido?
Sua rede de intrigas, me intrigou. Seu passado e sua verdade me interessou desde o começo.
Tentar desvendar você foi o que mais me atraiu. 
Enveredei por caminhos nunca explorados, mas não te decifrei. Então você me devorou. 
A cada mordida, eu me rendia mais e mais, a cada engolida eu era tua e tua. 
Então você me pôs pra fora, e eu que conhecia você por dentro, me senti em lugar nenhum. 
Tudo tão sem vida, tudo sem cor... Mas como isso doeu!! 
Teus passos não eram mais na minha direção, tua boca não precisava da minha, não foi em mim que você chorou seus medos... 
Eu fiquei só, eu fiquei no vazio... 
Esperança efêmera, um fraco raio de sol... Só desejava isso. 
E você me deu tempestades e raios... e risos... e desejos... e felicidade... tão fulgás, tão faminto... 
Querer você virou obsessão, passou a ser necessidade, eu virei caso de comoção geral. 
Todos ouviam meus gritos e lamentos, e eu não conseguia parar.
Meus cacos colados,  mostrando a cada dia que passava mais e mais fragilidade, acabaram se partindo. 
Com tudo espalhado, tento agora fazer o encaixe perfeito, enquanto você ignora totalmente a minha vida, o meu defeito. Totalmente sem conserto, agora me pergunto até onde suportarei essa tempestade que me ofusca o brilho.
Brilho que perdi no dia em que  perdi o contato com os olhos teus. 
Quem me derá um dia ainda tê-los. 
Na contagem dos tempos, o meu se esvai, o seu ainda soma. 
Não se perca. 


sábado, 21 de maio de 2011

Reaprendendo a viver.

Hoje assisti um filme muito interessante.  Uma mulher casada com três filhos, que vivia  reclamando da vida que não teve, ela deixou os estudos, os ideais, tudo pra construir e manter uma família. Mas um dia ela pediu pra viver outra vida, porque estava se sentindo nula. Estava de saco cheio de tudo. 
E o seu desejo foi atendido, ela passou a viver a vida que ela teria vivido se não tivesse dedicado o seu tempo à construção de sua família.
Ela terminava os estudos, seguia a carreira desejada, se tornava  presidente da maior empresa da cidade, dona de carros, casas fantásticas, cartões e dinheiro. Muito dinheiro... 
Se afastou da irmã, dos pais, da cidade natal, de todos os amigos...
Ganhou vários, mas todos estavam do lado dela por interesse, se não fossem meros interesseiros eram pessoas que queriam o bem dela por que também seria o melhor pra eles. 
E no meio disso tudo, ela tentou resgatar o amor dos parentes, que lógico não entenderam nada, e demoraram a  aceitá-la. 
Sentia falta  da casa, dos filhos e do pobre coitado do marido. 
Viu que a vida que ela levaria não era ideal, era solitária e triste. 
Lembrava dos filhos e morria de saudade. 
Sinceramente eu perdi o final, porque tinha várias coisas para fazer e já estava tarde. 
Mas posso garantir, que ela voltou para a  vidinha dela, e passou a valorizar o que foi a sua escolha antiga.
Mas quantos de nós, temos essa chance? De saber como seria se tivéssemos feito de outra maneira. Se tivéssemos seguido nossa trilha, nossos sonhos da juventude.
Nenhum de nós consegue, nenhum de nós pode... Por isso antes de tomarmos certas atitudes, é melhor pensar mil vezes, não nos deixar levar por paixões avassaladoras, que depois de algum tempo viram poeira fina, com brilho, mas poeira...  
Ou simplesmente vamos parar de colocar os carros na frente dos bois. Vamos dar tempo ao tempo, vamos mais devagar... Depois que tudo está pronto, é difícil desmontar, os danos não serão sentidos só por você, outras pessoas sofrerão. Vale a pena fazer tudo isso?
E a outra opção é você esperar a sua vez, o tempo escorre entre os dedos, e sua hora vai chegar. 
É só esperar um pouco...





sexta-feira, 20 de maio de 2011

Eu, a psicanalista.

Imagens gravadas na mente, ficam para sempre.
Doem na gente.
Impressas no fundo da nossa alma, no nosso corpo como se tivesse sido  marcado a ferro.
Elas estão lá , sempre machucando um pouco, uma ferida abrindo sempre, quando a gente acha que vai fechar.
Quantos de nós não gostariam de uma amnésia? De um dia para o outro apagar todas as lembranças,  para não sofrer mais.
Mas as imagens que ficam na lembrança são eternas, vão te acompanhar até a sua morte, e talvez além. Onde a dor mais suprema será a lembrança de tudo que você viveu.
O que fazer então? Uma boa idéia, é tentar reverter a situação da seguinte maneira. Lembrar o que foi bom, o que foi lindo. E pensar que você viveu um momento único em sua vida, esse momento pode até não voltar mais. Mas o que fica, é a felicidade do encontro, a magia daquela hora... Se você pensar assim,  vai descobrir que não tem motivos pra chorar. Porque se foi bom,  isso foi suficiente pra viver feliz um tempo. Então repensa tudo que você viveu e imagina se você ia preferir, não ter conhecido o amor? Nada é para sempre, infelizmente os bons momentos que todos nós mortais, gostaríamos de eternizar, acabam. O que vale é guardar -sem se sentir no fundo do poço- os bons momentos da vida.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O Divã = Falando de sexo.

Tão cheia de coisa pra fazer, e totalmente sem tempo pro analista...
Daí toca o telefone, é a secretária dele, quase me convocando à uma consulta.
Penso: Devo estar mal mesmo, pra ele me obrigar a ir vê-lo...
Peguei o táxi e cheguei quase 18 horas, que parecia noite, devido ao tempo.
Uma chuva caiu em todo Rj agora a tarde, e daí veio o caos... Depois do engarrafamento e da reclamação por causa do dinheiro gasto- uma viagem que custaria uns oito reais, sair por vinte, estressa qualquer um- eu finalmente cheguei ao Edifício Avenida Central. Esse prédio fica bem no centro da cidade, no meio de tudo, eu adoro andar por lá, tanta gente apressada, com pasta, bolsas, eu adoro isso, dá uma sensação de estar vivo... E me lembra a época em que eu trabalhava, adorava olhar para as mulheres executivas, elas tem uma segurança, um status, um  poder. Eu gosto. Acho que mulher nasceu pra ser independente. Acho que vem daí o meu interesse por elas. Sentei no divã assim, querendo falar sobre tudo com o Dr. Sergio, e ele sempre do mesmo jeito, calado, ouvindo, dando seus sorrisos enviesados, sem muitas frases, só analisando as minhas idéias.
Sexo nunca foi tabu pra mim, sempre encarei na boa, minha primeira relação sexual aconteceu quando eu tinha 20 anos, tinha certeza que eu queria aquela pessoa, não tinha certeza do amor dele, mas o tesão era evidente, e eu embarquei.
Fazia sexo todo dia, era uma loucura, mas eu sabia que estava faltando algo. Só tive orgasmo 5 anos depois. Pois é, era ótimo mas não tinha orgasmo. Como pode ser? Pode ser sim; ótimo ser ter fim.
Depois descobri o caminho, e aí é como andar de bicicleta, tu não esquece nunca mais. Aqueles sete minutos mágicos nunca mais sairiam da minha vida. O engraçado é que sozinha eu sempre conseguia, mas com ele era estranho. Um segundo relacionamento veio do mesmo jeito, muito tesão e zero orgasmo, com umas semanas de treino ele veio... Sim, treino... Faz parte do nosso aprendizado diário nos descobrir, nos encontrar. E o orgasmo nada mais é do que um encontro sexual de você com você mesma. 
Cada uma sente de um jeito, cada uma espera algo diferente a cada dia. Eu faço sexo à vinte e um anos,  e ainda estou querendo descobrir coisas novas, quero aprender outras coisas, sentir novas sensações. 
Por isso me aventurei, por isso arrisquei, e foi uma das experiências mais deliciosas da minha vida. 
Aí é mulher com mulher mesmo, é você com uma cópia sua, você sabe onde ficam os botões, você sabe o que pode e o que não pode, o que faz bem e o que não faz falta. 
Acho que os iguais se entendem melhor que os diferentes, afinal se os opostos se atraem como diz a física, eu quero ver se aturarem a vida toda, cheios de gostos distintos, pequenas diferenças que ao passar dos anos vão se tornando grandes, e maiores e de uma bola de neve pequena, vira uma avalanche. 
Relacionamentos em geral são difíceis, morar junto é muito estressante. 
Mas eu falei, falei  e falei de sexo, e no final do meu horário eu tinha aprendido uma coisa, não importa quantos orgasmos você tem, não importa com quem você faz sexo, não importa se você é hetero, bi, ou homo. O importante é você se sentir bem consigo mesmo, e acima de tudo o importante é ser feliz. 





domingo, 8 de maio de 2011

É dia das mães...

Aqui estamos nós mais uma vez, aja divã pra analisar a cabeça de uma mãe. 
Ela espera nove meses o bebezinho, ela deseja tanto.
Ele chega, ele preenche sua vida, você faz planos... Tudo que te interessava, tudo que era importante, se transforma em nada. Ele é o seu tudo.
Ele aprende a andar, ele aprende a falar, ele aprende a ler e escrever; te enche de orgulho.
Na reunião escolar você recebe elogios, a professora te diz que ele é um aluno brilhante, e você é parte disso. Isso é motivo pra muitos sorrisos. 
Ele vai com você em todos os lugares, ele vai à praia, ao futebol, aos encontros loucos com suas amigas. Ele curte tudo com você. Ele cresce...
Ele aprende a sair sozinho. 
Ele já não depende de você! Isso dói. Isso magoa, mas ele cresceu, era pra isso que você estava se esforçando, foi pra isso que você perdeu noites e noites, foi pra isso que você brigou com o mundo. Foi pra isso que você abandonou sua vida. Foi pra dar  vida à ele. Olha aí, é o meu guri. 


Pra todas as mães do mundo. Feliz dia das mães. 

sexta-feira, 6 de maio de 2011

A Entrega final...

Uma gaivota fazendo círculos no ar...
Numa igreja próxima um véu esvoaçado pelo vento...
Tudo dá uma sensação de liberdade.
É tudo tão efêmero... fulgaz.
Um tic tac ao longe, uma risada infantil...
O céu azul turquesa, o sol escondido entre nuvens...
Eu sou aquele pontinho no alto da montanha, observando seus passos.
Eu quero ficar assim pra sempre, só de longe. Nunca expondo meus sentimentos...
Sofrendo, guardando tudo em mim... Sorrindo sempre, para você achar que eu estou bem.
Tentando te entender, tentando te ajudar no que der.
Acho que isso tem um nome. É amor, o mais forte, o mais puro, o mais leal, o mais íntegro de todos que tive.
Foi pra você que eu entreguei um pedaço de mim, um pedaço da minha vida, do meu tempo, da minha carne, do meu sangue, do meu suor, do meu desespero...
Foi agindo sem pensar que eu mergulhei no mar dos teus olhos escuros... O infinito era mais perto que a profundidade deles. Me afoguei.
No mar revolto que eles se tornaram, um redemoinho me tragou pro abismo da eternidade.
E foi de lá que consegui emergir, e voando até o cume da montanha mais próxima, lá fiquei... Tomando conta dos seus passos, te afastando das agruras da vida. Lá ficarei até o fim dos meus dias, no sol a me aquecer, ou no frio a me tirar os sentidos, de lá não sairei...
Num futuro distante, eu hei de ver você no mais alto lugar do pódio. É pra isso que eu cuido de você...
E depois de tudo ter vencido... Do meu trabalho ter findado, descansarei eternamente, sabendo que eu vivi pra você.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Mais uma vez aqui... Divã parte 6

 Tarde chuvosa no Rj, pego o elevador subo até o 30º andar do Edifício Av.Central.
Espero o segundo elevador que me levará até o 33º... Ele não vem, demora horrores...
Perco a paciência, e subo de escada. Ando com muita dor na panturrilha, provocada pela volta à malhação. Acabou meu amigo intímo, o Dorflex... E eu não passei na farmácia pra comprar. Tudo junto com uma dor de cabeça, causada pela falta de café... Não, eu não esqueci de comprar! Estou reduzindo o consumo por causa das celulites.
Eis que chego no consultório do Doutor Sérgio, e ele não está. Alias segundo a secretária(um amor de pessoa, sempre) ele não se encontra. Eu odeiooooo esse "não se encontra"... Diz:" ele saiu e volta logo", "ele saiu e não volta hoje". "Não se encontra", me mata de raiva... Respirei fundo e sentei, peguei uma revista que eu gosto e por acaso não tinha lido.
Comecei a ler, e a coluna "Eu, leitora" falava de uma senhora de 65 anos, que aos 42 conheceu um rapaz de 18 se apaixonou, largou marido, fazenda, e foi viver com ele. E até hoje vivem juntos, são felizes, apesar do ciúme dela... Ele tem hoje 41. Eu fiquei me perguntando se eu confiaria numa pessoa com 23 anos a menos que eu... Ainda jovem, bonita, cheia de vida, e eu com 65, cheia de rugas, aquelas dobrinhas horríveis nas costas, causadas pelo sutiã... Será que eu tiraria a roupa pra ele, e não passaria pela minha cabeça que ele ia preferir uma gatinha de 25 ou 30, toda em forma?
Mesmo ele repetindo vezes e vezes sem fim, todo dia, toda hora que me amava, que me adorava. Eu não ficaria totalmente satisfeita. Eu ficaria cheia de neuroses, eu sei.
Daí me senti voltando no tempo, me lembrei de tanta coisa...
A diferença de idade sempre pesou, doia tanto ser mais velha, ter rugas, estrias, celulite. Imaginar que poderia ter alguém da mesma idade por perto, que tinha os mesmos gostos, vestia as mesmas roupas, ia nos mesmos eventos.
E lá estava eu sentada na recepção  já querendo chorar quando finalmente Doutor Sérgio chegou.
Depois do cafezinho tradicional e dos telefonemas, ele me chamou.
Deitei no meu divã eterno e lembrei de uma amiga que tinha passado por um problema e que eu sempre quis contar e acabei deixando pra depois. 
Não é fácil pra ninguém descobrir no fim da vida que curte tudo que sempre disse que não achava legal; é super complicado aceitar a ideia, e se aceitar, e esperar que os outros aceitem também. 
E ainda esconder de outras mil pessoas que não podem sequer imaginar coisas sobre você...
Amores são complicados, amores indecisos, amores sensíveis, amores entre seres do mesmo sexo... Tudo meio conturbado, tudo meio doloroso. E a pessoa no meio desse furacão, faz o que?
Sem saída, o melhor a fazer ela nunca soube, porque antes de qualquer decisão, a outra parte tomou a sua própria. A separação inevitável um dia viria mesmo, não seria pra sempre... Mas foi tão pouco, tão forte e tão rápido.
E enquanto eu contava tudo naquele divã, descobri que o bom de tudo, foi ela ter  vivido, foi ter curtido o tempo que durou. E como você não vai levar nada da vida, você tem que se deixar levar por ela. 
Seguindo o curso normal, do mesmo jeito que um  rio segue o seu, sem alterações, a não ser quando tem tragédia... Isso, vamos torcer para que nunca aconteça.
E nessa quarta chuvosa gastei o meu tempo falando de outras pessoas. Aposto que você está pensando isso agora. Mas não é verdade. Já comentei aqui que vivendo a vida dos outros, a gente consegue dar umas pinceladas na nossa própria. 
E desde a história que li na revista até a história que contei pro analista, eu me encontrei diversas vezes. Vi meus erros e meus acertos. E descobri que fui feliz e isso é o suficiente. 
Mas que nada é pra sempre, isso é importante saber. 
Nos deixa com os pes no chão.  
O próximo paciente já estava esperando, quando eu passei pela recepcionista, fechei a porta atras de mim e desci os 33 andares bem mais leve do que quando subi. A chuva ainda caia lá fora, e eu fui sem sombrinha deixando que ela lavasse meus pensamentos, meus sentimentos... Senti lágrimas escorrendo e se misturando com a chuva, isso me libertou. Pensei talvez em não voltar mais, mas a análise estava me fazendo bem. Por isso, até a próxima.

domingo, 1 de maio de 2011

Uma nação...

O tempo colaborou, um dia lindo!!!! A nação compareceu, todos ainda entorpecidos pela vitória dramática nos pénaltis sobre o flu semana passada. A vitória sobre o Horizonte na quarta, não impressionou... 
Então chegamos no jogo que poderia ser a grande final do Campeonato Carioca 2011!!
O fla só teria que ganhar essa partida, o nosso rival teria que ganhar essa, e mais duas...
E quem era nosso rival? Nosso arqui inimigo Vasco da Gama... 
E voltando no tempo um pouquinho eu lembrei que o Flamengo ganhou um título invicto pela última vez em 1996 e eu estava lá, e  também foi contra o vasco. Na ocasião o fla ganhou por 2x1. 
Então juntando toda tradição, mandingas, e as conscidências... Fomos pra final pra ganhar. 
E qual não foi minha surpresa, ao final do segundo tempo? O placar não mudou e  fomos mais uma vez pra decisão por penaltis...
Eu não tenho mais estrutura pra isso, acho que daqui há alguns anos, não vou aguentar  não.
A Gávea se orgulha de ter bons goleiros, e o Felipe (ex timão) já nos deu muitas alegrias e é uma muralha. Um excelente goleiro, pega penaltis como ninguém. (ahh sinto falta do Bruno, fico imaginando ele na prisão, chorando) eu sei gente, ele errou feio, vai pagar pelo que fez, destrui a vida dele... Mas era o cara!
Voltando ao dia de hoje: Lá estava o nosso Felipe pronto pra pegar um penalti, gol do vasco. E lá estava Felipe, com sua toalha vermelha cobrindo a cabeça, seu terço enrolado na mão, e sua tradição de ficar abaixado de costas pro gol. Gol do fla. E o vasco ficou nesse golzinho só... Foram 3 chutes pra fora... Enquanto do lado rubro negro, Renato, Fernando e Thiago Neves marcaram e só Fierro isolou... Assim o grito de "é campeão" foi ouvido em todo Rio de Janeiro. Num belo domingo, 1 de Maio dia do trabalhador. Foi suado, foi difícil, mas é nosso. Com raça e amor a camisa.