Mas sempre são rosas...

Mas sempre são rosas...

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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Um dia...

Um dia qualquer me deixe mostrar o que eu sinto por você, mas me deixa mostrar de verdade, a minha verdade, não me venha com a sua verdade, porque não pensamos o mesmo. 
Nesse dia talvez eu consiga te colocar no meu lugar, você talvez entenda tudo o que eu passei. Talvez consiga compreender a rede intrincada que me meti... Vai ver que as coisas não eram do jeito que você pensou...
Talvez me compreenda...
Não posso aceitar as mentiras, as marcas ficam pra sempre. No fundo, bem lá no fundo eu sabia que não era verdade, mas fui fraca. Eu queria tanto que fosse real, que fingi que acreditava.
Depois que me perdi tentei achar um lugar, mas foi difícil. Aonde eu ia, você estava lá... Você ainda ocupa os espaços que eu tento preencher... É injusto demais. 

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O orgasmo...

Um passo em falso, medo do anoitecer, sentir desfalecer...
Passos lentos, letra de uma canção em tom maior... Cai o véu...
Delírios e desejos se espalham pelo colchão.
Doces conversas que se vão... Emaranhado de lençóis.
Um deleite, um olhar vago na imensidão de um sorriso frouxo...
Lábios que tocam pernas, pernas que se cruzam nas costas firmes..  Sensações intensas, tragando a pessoa para um redemoinho, sentir desfalecer e nascer novamente.
Dedos firmes, mãos lentas... Pequenos e grandes lábios... Lábios doces, língua áspera e boca sedenta.
Movimentos simultâneos, firme e sempre... Num crescente, numa vertente...
Eu, ela... Ela e eu... Eu nela e ela em mim...
Sucessão de ais... Gemidos inaudíveis, gritos na escuridão...
Eternidade, perplexidade, razão...
Suor, boca, coração...
Intensidade, generosidade e doação...
Entrega, cinzas, fênix, revelação...
Único, secreto, ardente... entre dedos e lábios o viver e morrer, o sentir e o respirar...
Tragando fundo no ser, sugando a alma ao morrer...
Vivendo para receber.


sábado, 13 de agosto de 2011

O jardim...

Os dias passam, a neve se dissolve e deixa ver o que já foi um jardim de rosas...
O jardineiro pensa em replantar, será preciso revolver a terra, deixa-la bem fofa,
semear, regar todos os dias, até ver o jardim totalmente florido. 
Ele lembra como era lindo, as cores, os cheiros... Lembra que quando amanhecia era mais forte...
O vento levava o cheiro aonde quer que ele estivesse, era como se quisesse inebria-lo. 
Ele corria na direção e ficava ali no meio das rosas horas e horas, temendo que alguém viesse roubá-las, não gostava nem que olhassem para elas. Tinha ciúme demais, tratava as rosas com muito carinho, e elas retribuíam caladas, só com seus tons e cheiros. 
Um dia veio a tempestade, a chuva forte arrancou suas flores na raiz e jogou-as por todos os cantos, o vento contribuiu pra deixar os galhos nus. A neve veio e cobriu todo o campo, restou ao jardineiro o choro, o desespero. Ele mantinha todos afastados, mas contra a natureza o ciclo natural da vida, ele não conseguiu.
Ele passou meses e meses ali, prostrado, remoendo sentimentos ruins contra tudo e todos. Queria suas rosas de volta. 
Mas um dia acordou sabendo que a dor tinha que terminar. O medo de plantar, o medo de ver seu jardim florido novamente, e talvez perde-lo, esse medo tolo o transformou em um homem fraco.
Quantos de nós não estamos na mesma situação do jardineiro... Deixando a vida passar, por medo de sofrer novamente. Ter e perder é da vida, não podemos achar que seremos sempre vencedores. Temos que estar preparados para as derrotas. Temos que estar sempre prontos para recomeçar e vencer novamente.