Mas sempre são rosas...

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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O orgasmo...

Um passo em falso, medo do anoitecer, sentir desfalecer...
Passos lentos, letra de uma canção em tom maior... Cai o véu...
Delírios e desejos se espalham pelo colchão.
Doces conversas que se vão... Emaranhado de lençóis.
Um deleite, um olhar vago na imensidão de um sorriso frouxo...
Lábios que tocam pernas, pernas que se cruzam nas costas firmes..  Sensações intensas, tragando a pessoa para um redemoinho, sentir desfalecer e nascer novamente.
Dedos firmes, mãos lentas... Pequenos e grandes lábios... Lábios doces, língua áspera e boca sedenta.
Movimentos simultâneos, firme e sempre... Num crescente, numa vertente...
Eu, ela... Ela e eu... Eu nela e ela em mim...
Sucessão de ais... Gemidos inaudíveis, gritos na escuridão...
Eternidade, perplexidade, razão...
Suor, boca, coração...
Intensidade, generosidade e doação...
Entrega, cinzas, fênix, revelação...
Único, secreto, ardente... entre dedos e lábios o viver e morrer, o sentir e o respirar...
Tragando fundo no ser, sugando a alma ao morrer...
Vivendo para receber.


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