Engolindo sapos, empurrando com a barriga, lá vai o povo brasileiro atras de um prato de comida.
Aos tropeços e tapas disputando na marra algo que possa comprar com seu parco dinheiro.
Ele consegue levar pra casa umas poucas e minguadas latas enferrujadas.
Dentro da casa de dois cômodos, totalmente cheia, bocas famintas esperam, olhos esperançosos o seguem...
Deixa tudo na mesa, e vai chorar num canto escuro, longe de todos...
Uma mãozinha vem puxa-lo pra dividir o pouco... Ele chora mais ainda,
mas vê ali uma esperança, tem coisa boa dentro do peito dos seus.
Mais tarde todos dormem e ele não... Pensa no que fará quando levantar pra poder repetir a façanha diária de sustentar os que dependem dele.
Lembra dos longos anos de trabalho e pensa que a vida não foi justa com ele.
O que é justiça nesse país, afinal de contas?
Quando o sol nasce ele fecha o casaco puído, bate a porta da cozinha e vai...
A solidão o acompanha, a tristeza também... Quem sabe quando volta? Quem sabe se vem?
Mas sempre são rosas...
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Meus Deus ... amo ler o que vc escreve... Imagina cada cena.... Lindo Texto amiga... Lindo como todos os outros...
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