Mas sempre são rosas...

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quinta-feira, 21 de abril de 2011

Lembranças da juventude... Divã parte 2

Lá fui eu, pra mais uma tarde sentada no divã do Doutor Sérgio, quando sento ali, parece que o tempo corre, falo, falo e falo. Quando vejo já terminou o horário da consulta.
Nesta quarta-feira de um sol escaldante, cheguei lá esbaforida, e foi ótimo poder sentar/deitar e ficar uns 5 minutinhos, esperando pelo doutor que estava na ante sala atendendo uma desvairada como eu, por telefone.
... Como tem gente doida por aí, eu fiquei ouvindo meia hora de conversa e foi um tal de "não faça nada que vá se arrepender depois", "não me venha com essa agora " que eu fico pensando por que as pessoas estão assim... Não sei se é falta de amor, falta de dinheiro, tá dificil de entender... Será que tem algo de errado com a nossa alimentação? Na minha adolescência ao som de Beat it, Billy Jeans... Era tudo tão difícil mas cheio de coisas boas. Terminei o primeiro grau, fiz datilografia (era fundamental), e namorei muitoooo, mas muito mesmo. Lembro de umas amigas inseparáveis que tive, amigos a gente nunca esquece né? Posso até não encontrar com elas todo dia, mas nunca esqueço. Saidinhas pra beber escondido da mãe, que delícia. Mas o que eu não esqueço nunca era da esperança que eu tinha em melhorar de vida, a vontade que eu tinha de sair cedo de casa pra trabalhar, motivada talvez pela falta de tudo, até do básico mesmo, mas tinha aquela vontade, eu acreditava mesmo em mudar de vida. Hoje não vejo isso nas meninas, tudo tranquila, se tem comida tem, se não tem tá bom... A maioria arruma filho cedo, estuda pouco, e acha que tudo se resume a um bolsa família. Longe de mim chegar aqui no divã do Doutor Sergio e falar de política, mas existe uma má vontade no que se refere a saúde, planejamento familiar, e educação... Que eu vou te contar, viu? 
Fico impressionada, não sei como seria minha vida se no meu tempo fosse assim. Talvez não tivesse metade do que tenho. Acho que peguei a última geração boa, que tinha ensino público de qualidade e uma família que não jogava as compras do mês nas costas do governo. Mas antes que o meu tempo acabe, deixa eu terminar de contar... No meio da vontade de crescer, ter dinheiro e conquistar a liberdade, fazendo pequenos trabalhos, ajudando como eu podia, eu consegui amadurecer, eu virei adulta mais cedo. Tem um lado bom nisso, é a responsabilidade e o valor ao que se consegue com esforço, com suor do rosto. Nada que vem fácil é bom, não deixa a gente valorizar, aí do mesmo jeito que veio fácil vai embora fácil também.
Isso me lembra os amores da adolescência, como era bom amar, me apaixonar e achar que era pra sempre... Quantas noites chorando e sem dormir, por causa de pessoas que hoje eu nem lembro mais o nome.
Que engraçado eu ainda faço isso. [risos, muitos] 
E o tempo acabou...

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